Aftas: Conheça Causas e Sintomas
- J J de Oliveira
- 25 de abr.
- 3 min de leitura

Introdução - Aftas: Conheça Causas e Sintomas
As aftas, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), são lesões ulcerativas dolorosas que afetam a mucosa bucal. Apesar de sua alta prevalência, afetando até 25% da população mundial, a etiologia exata permanece incerta. Este artigo explora as causas, sintomas e formas clínicas das aftas, com base em estudos científicos recentes.SciELO
O que são aftas?
As aftas são lesões ulcerativas que surgem na mucosa oral, caracterizadas por uma base esbranquiçada ou amarelada e bordas avermelhadas. Elas podem variar em tamanho e número, causando desconforto significativo ao paciente. Aftas: Conheça Causas e Sintomas.
Causas das aftas
A etiologia das aftas é multifatorial, envolvendo fatores imunológicos, genéticos, nutricionais e ambientais.
Fatores imunológicos: Estudos sugerem que uma resposta imune mediada por células T desempenha um papel central no desenvolvimento das aftas. Wikipédia, a enciclopédia livre
Fatores genéticos: Há evidências de predisposição genética, com maior incidência em indivíduos com histórico familiar de estomatite aftosa.
Deficiências nutricionais: Níveis baixos de ferro, zinco, ácido fólico e vitamina B12 estão associados a uma maior incidência de aftas. Wikipédia, a enciclopédia livre
Estresse e ansiedade: Condições emocionais podem comprometer o sistema imunológico, favorecendo o aparecimento de aftas.
Traumas locais: Lesões causadas por escovação agressiva, uso de aparelhos ortodônticos ou mordidas acidentais podem desencadear o aparecimento de aftas.
Formas clínicas das aftas
As aftas podem ser classificadas em três formas principais:
Aftas menores: São as mais comuns, representando cerca de 80% dos casos. Caracterizam-se por lesões pequenas (menos de 1 cm), rasas e dolorosas, que cicatrizam espontaneamente em até 14 dias sem deixar cicatrizes.
Aftas maiores: Menos comuns, essas lesões são maiores (acima de 1 cm), mais profundas e podem durar várias semanas, frequentemente deixando cicatrizes após a cicatrização.
Aftas herpetiformes: Caracterizam-se por múltiplas pequenas lesões que podem coalescer, formando úlceras maiores. Apesar do nome, não estão relacionadas ao vírus do herpes.
Diagnóstico
O diagnóstico das aftas é clínico, baseado na história do paciente e no exame físico. É importante diferenciar as aftas de outras lesões orais, como as causadas pelo vírus do herpes, candidíase ou lesões traumáticas. Em casos recorrentes ou graves, exames laboratoriais podem ser solicitados para investigar deficiências nutricionais ou doenças sistêmicas associadas. SciELO+1SciELO+1SciELO
Tratamento
O tratamento das aftas visa aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e prevenir recorrências. As abordagens incluem:
Terapia tópica: Uso de corticosteroides tópicos, anestésicos locais e enxaguantes bucais antimicrobianos. SciELO+2SciELO+2SciELO+2
Terapia sistêmica: Em casos severos, podem ser prescritos corticosteroides sistêmicos ou imunomoduladores.
Suplementação nutricional: Correção de deficiências de vitaminas e minerais, como ferro, zinco e vitamina B12.
Mudanças no estilo de vida: Redução do estresse, adoção de uma dieta equilibrada e cuidados com a higiene bucal.
Prevenção
Embora não exista uma forma garantida de prevenir as aftas, algumas medidas podem reduzir sua frequência e severidade:
Manutenção de uma boa higiene bucal: Escovação adequada e uso de fio dental.
Evitar alimentos irritantes: Como frutas cítricas, alimentos picantes ou muito ácidos.
Gerenciamento do estresse: Práticas de relaxamento e atividades físicas regulares.
Suplementação adequada: Garantir níveis adequados de vitaminas e minerais essenciais.
Conclusão
As aftas são lesões comuns que podem impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Compreender suas causas, formas clínicas e opções de tratamento é essencial para um manejo eficaz. Para uma análise mais aprofundada sobre a estomatite aftosa recorrente, recomendamos a leitura do artigo científico "Estomatite aftosa recorrente: revisão bibliográfica" disponível na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia: https://doi.org/10.1590/S0034-72992002000400019
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